Acender velas aos mortos, àqueles que partiram, é uma tradição que todos nós reconhecemos, não é mesmo? Para alguns, há ali um significado de vigília, para outros um amplificador das orações; o significado, para os cristão, pode remeter também à onipresença de Cristo, que é a luz.
Mas você já se perguntou de onde vem essa tradição? Será que acender velas aos mortos é bíblico? É algo presente apenas em culturas cristãs ou também aparece em outras fés? Essas são algumas perguntas que respondemos por aqui hoje. Siga conosco e boa leitura.
Acender velas aos mortos é bíblico?
O ato em si de acender velas aos mortos não é bíblico por si só. Ou seja, não é um hábito relatado na Bíblia. Porém, a “luz” é um símbolo muito forte e muito presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
São muitos os trechos que poderíamos citar em que a luz aparece como um símbolo, uma ideia, importante, mas podemos lembrar, por exemplo, de Mateus 5, que inclusive faz referência à candeia, um tipo de objeto que usava cera e servia para a iluminação:
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte,
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
Ou seja, a luz e a iluminação aparecem, sim, na Bíblia como símbolo e metáfora, mas não especificamente como parte de algum tipo de ritual ou homenagem aos mortos.
Este é um costume antigo?
Embora não seja diretamente indicado na Bíblia, este é um costume muito antigo, com relatos desde os primeiros séculos do catolicismo e também presente entre judeus e outras denominações judaico-cristãs.
Como comentamos, existe um simbolismo forte associado à vigília, manter-se alerta e em oração, além do próprio símbolo de proximidade com Cristo (representado na luz).
Se não é bíblico, é pecado?
Se essa questão em específico te causa algum tipo de aflição, o melhor é conversar com a sua autoridade religiosa – pastor, padre ou equivalente. Mas a maior parte das fontes indicam que não é, de forma alguma, um pecado.
Seria pecado apenas, segundo a maior parte dos entendimentos, usar as velas como parte de alguma idolatria, feitiçaria ou algo do tipo. Outro entendimento possível é de que não é bíblico ou cristão “conversar com os mortos” – ou seja, a vela não deve ser vista pelo cristão como um meio, um intermédio, para se estabelecer um diálogo com outro plano, o que seria pecado.
No geral, acendemos velas pois nos trazem conforto; gostamos do calor, do cheiro, dos muitos símbolos positivos associados à luz. No entanto, é importante reforçar que mesmo dentro das denominações cristãs pode haver entendimentos diferentes quanto a questões como essa.
Particularmente entre os católicos, a vela está muito presente em diversas liturgias e momentos, tendo seu uso simbólico incentivado pela Igreja e sendo usada seja no batismo, seja nas homenagens aos mortos.
Outras culturas acendem velas aos mortos?
Infelizmente, existem poucas pesquisas e levantamentos que vão mais a fundo neste tema. Porém, como comentamos, a vela também está fortemente presente na cultura judaica e também aparece em algumas culturas e fés indígenas do continente americano.
Em outras fés, como a islâmica, esta não é uma prática presente ou incentivada; em algumas práticas do extremo oriente, como feng shui, é possível encontrar textos diretamente desincentivando a prática de acender velas aos mortos.
Acender velas aos mortos – considerações finais
Como vimos, acender velas aos mortos é uma tradição cercada de símbolos positivos. Para além dos símbolos, as velas podem ter significados pessoais ou simplesmente trazer conforto àquele que está de luto ou rememorando a pessoa falecida.
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