Se você já leu algum roteiro de lugares obrigatórios para conhecer em Buenos Aires, a capital argentina, com certeza reparou que um cemitério estava na lista, não é mesmo? O famosíssimo Cemitério da Recoleta!
Mas, afinal, o que um cemitério tem de tão especial para se tornar um destino turístico tão famoso em uma das cidades mais visitadas da América do Sul? Vem com a gente que te contamos as histórias e te mostramos as fotos que explicam o sucesso de La Recoleta.
Cemitério da Recoleta | História
O Cemitério da Recoleta é uma necrópole que foi inaugurada em Buenos Aires no ano de 1822. Sua localização é no bairro de mesmo nome (Recoleta), hoje um dos mais caros e desejados da capital do país vizinho.
A fama do cemitério e seu lugar como um dos destinos de necroturismo mais buscados de todo o mundo, no entanto, remonta ao século 19. Naquele período, a Argentina viveu um boom de sua economia, com setores da população enriquecendo rapidamente e isso acabou se refletindo no principal cemitério da elites argentina, a Recoleta.
Com o dinheiro circulando na sociedade argentina, ser enterrado em La Recoleta era uma questão de status social e, junto a isso, passou-se a ser a norma construir imponentes mausoléus e, também, belas esculturas. Ao longo do tempo, o cemitério passou a parecer mais um museu a céu aberto do que propriamente um cemitério…
Tanto é assim que, desde 1946, o Cemitério da Recoleta é oficialmente considerado um “Museu Histórico Nacional” pelas autoridades argentinas. Ao passear pelas ruas da necrópole, o visitante irá se deparar com construções, esculturas e estátuas de diferentes materiais, estilos, tamanhos e influências.
Hoje em dia são raros os enterros realizados na Recoleta, tanto pela alta ocupação quanto pelo fato de que um jazigo por lá é caríssimo, fazendo com que o cemitério tenha o metro quadrado mais caro de toda Buenos Aires.
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Famosos enterrados em La Recoleta
É claro que, além de passear pelas ruazinhas do cemitério e conhecer os mausoléus, tumbas e esculturas, a Recoleta também tem um aspecto que chama a atenção de todos que visitam um cemitério famoso: moradores ilustres!
E, se tratando do Cemitério da Recoleta, o nome mais famoso e túmulo mais visitado é de Eva Perón, a eterna primeira-dama argentina, morta aos 33 anos vítima do câncer e eternizada em filmes e músicas.
Além de “Evita”, também descansam na Recoleta nomes como Adolfo Bioy Casares (importante escritor argentino), Guillermo Brown (almirante irlandês fundador da marinha argentina e herói nacional) e Luis Ángel Firpo (um dos maiores boxeadores da história), além de uma série de presidentes argentinos e outras personalidades da história do país vizinho.
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Vale a pena visitar o Cemitério da Recoleta?
Mesmo que você nunca tenha ido em um cemitério como um programa turístico, o Cemitério da Recoleta é, sim, um programa obrigatório quando falamos de Buenos Aires.
Além de apreciar toda a arte presente no cemitério com suas esculturas, estátuas e construções impressionantes, é um passeio agradável, cheio de verde, grama e em um dos bairros mais bonitos da cidade.
Quanto custa a entrada?
Desde 2022, a entrada para turistas estrangeiros é cobrada no Cemitério da Recoleta. Quando do fechamento deste artigo o valor era de 3.768 pesos, aproximadamente 22 reais.
Esperamos que tenha gostado de ler mais e conhecer um pouquinho sobre o Cemitério da Recoleta, um dos mais icônicos e visitados na América do Sul.
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