Momentos que envolvem a perda de um ente querido são difíceis e encontrar as melhores formas de lidar com eles pode parecer uma tarefa difícil. Algumas práticas, porém, podem ser importantes para viver o processo de forma mais serena e saudável. Como agir após uma perda – e como buscar sua superação, na medida do possível, é nosso tópico hoje.
Neste post, você vai descobrir as principais maneiras de agir após uma perda, sempre respeitando os próprios limites e entendendo que somos diferentes — ou seja, o que funciona com uma pessoa pode não funcionar para outras.
1. Respeite o seu momento
Ao viver qualquer tipo de perda, uma das reações mais esperadas é o ato de desejar que a dor passe rápido. Com isso, é possível que as pessoas se cobrem muito em relação a maneiras de voltar para a rotina rapidamente, além de evitar momentos de introspecção, choro ou outras emoções “negativas”.
Quando não respeitamos o nosso próprio processo de cura, estamos silenciando emoções muito importantes e responsáveis por nos ajudar a passar pela situação. Muitas vezes, ao esconder demais e fingir que nada aconteceu, chega um momento específico da vida em que o indivíduo “explode” por não conseguir mais viver essa espécie de mentira.
Por isso, respeite o seu momento. Entenda o que você quer de verdade durante o processo e não faça nada mais do que isso. Quer ficar em casa por 1 semana inteira? Precisa se afastar da família? Se a resposta for sim, apenas faça. A primeiríssima resposta à pergunta sobre como agir após uma perda é bastante simples: respeite-se.
2. Evite se comparar com os outros
“Nossa, mas fulano acabou de perder a mãe e já está trabalhando novamente”, “Como aquela pessoa ainda está na cama quando o seu irmão morreu já faz 1 ano?”. Perguntas como as citadas anteriormente não devem ser feitas por você mesmo, afinal, cada pessoa é única e vive o processo de luta de forma singular.
Ao se comparar com o próximo, o que acontece é um aumento na pressão social de precisar ser ou se posicionar de formas específicas. Essa pressão é nociva e esconde sentimentos importantes e fundamentais para viver a perda até que tenha forças o suficiente para se curar.
3. Entenda as fases do luto (mas lembre-se que sua experiência é individual e única)
As cinco fases do luto foram criadas pela psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross, responsável por identificar as reações psíquicas de pessoas em estado terminal. Além do luto, a pesquisa serviu também para analisar as perspectivas da morte.
Entendê-las, ler sobre o assunto e e tudo o mais é ótimo! Mas tome o cuidado para naõ se prender excessivamente a isso. As teorias mais modernos sobre o luto, suas fases e idas e vindas entendem que este processo não é sempre – ou quase nunca – regular.
Ou seja, o luto pode ter suas idas e vindas, você pode sentir por vezes que está regredindo a um estágio anterior, ou pulando algum… Tudo isso é normal. Não espere por uma experiência linear.
Negação
Em um primeiro momento, a defesa do cérebro faz com que o indivíduo negue o problema, essa é a fase da negação. Ele pode tentar encontrar formas de evitar a realidade, além de não querer falar sobre o assunto.
Raiva
Na raiva, a pessoa entra em um estado de inconformismo, não consegue entender porque está passando por isso e desenvolve sensação de revolta e injustiça em relação ao mundo.
Barganha
Após a raiva, vem a barganha. O indivíduo acredita que caso faça uma espécie de troca com o universo/alguma figura relacionada a fé, a situação vai melhorar e toda a dor será eliminada.
Depressão
A depressão é aquela fase em que a pessoa se isola em seu próprio mundo, com traços de melancolia e impotência. A sensação é de que não adianta fazer nada, se mexer ou reagir, tudo permanecerá perdido.
Aceitação
Por fim, depois de viver todo um estágio difícil, a sensação de aceitação vem surgindo. Com ela, a pessoa entende que não é possível mudar a realidade, que a vida é assim mesmo e é preciso criar forças/mecanismos para enfrentar a situação.
4. Faça atividades que te dão prazer
Desde uma conversa com amigos/família até atividades físicas ou uma viagem, busque por atividades que remetam a sensações positivas, tranquilas e serenas.
A conclusão dessas tarefas será importante para aumentar a sensação de capacidade — podemos nos sentir muito impotentes frente a morte — além de nos distrair e tirar um pouquinho da sensação de vazio que toma conta do peito.
Este conteúdo sobre como agir após uma perda foi produzido pela equipe do Grupo Zelo, o maior grupo de assistência funerária do Brasil.