A Cremação na Visão Espírita: 6 Perguntas e Respostas

cremação na visão espírita

Cada religião tem uma visão sobre determinados assuntos, práticas e ações, não é mesmo? Nós já falamos bastante aqui no Blog, por exemplo, sobre como a cremação é tratada na Bíblia e também entre cristãos atualmente. Mas qual é o entendimento da cremação na visão espírita? Este é o nosso papo de hoje.

Continue a leitura deste artigo para esclarecer 6 das principais dúvidas mais frequentes sobre a cremação sob a perspectiva espírita!

Ah! Antes de seguirmos, vale um lembrete. Assim como é o caso com a maior parte das visões sobre fé, espiritualidade e religião, não é possível falar em apenas um espiritismo. Diferentes correntes e estudiosos da fé espírita podem ter visões diferentes sobre temas específicos e o mesmo vale para este caso.

Este artigo é fruta da pesquisa da nossa equipe em escritos, sites e entrevistas de estudiosos da fé espírita que abordaram os temas aqui tratados, combinado?

1. O que é a cremação na visão espírita?

Na visão espírita, o corpo é apenas o invólucro material temporário do espírito. Portanto, o método pelo qual ele é disposto após a morte não afeta diretamente o espírito, desde que feito com respeito e dignidade.

Em resumo, a maior parte das visões dentro da doutrina espírita vê a cremação como uma escolha pessoal, que deve respeitar as crenças e desejos do indivíduo.

2. O que o espiritismo fala sobre cremação?

Segundo o espiritismo, a morte é apenas uma transição para outra existência espiritual, e o corpo físico é deixado para trás. A cremação é vista como uma opção prática que, de forma alguma, prejudica o espírito que já desencarnou.

A doutrina espírita reconhece que, uma vez que o espírito deixa o corpo, os ritos funerários servem mais para confortar os vivos do que para beneficiar quem já partiu.

3. O que fazer com as cinzas da cremação no espiritismo?

No espiritismo, o destino das cinzas após a cremação é uma decisão que deve ser guiada pelo respeito e pela vontade expressa pelo falecido, se conhecida. Espiritualmente, não há exigências ou rituais específicos para o manuseio das cinzas, então a escolha pode incluir espalhá-las em um lugar importantes ou mesmo guardá-las em uma urna.

4. O espírito sofre com a cremação?

O entendimento nessa religião é de que o espírito não sofre com o processo de cremação porque, no momento em que ocorre a morte, o espírito já não está mais ligado ao corpo. Afinal, conforme ensinado pelo espiritismo, o espírito pode estar presente no velório ou até mesmo observando o próprio processo de cremação, mas sem sofrer.

5. Há alguma recomendação espírita sobre quando realizar a cremação?

Dentro do espiritismo, parte dos estudiosos sugerem que a cremação seja realizada após um período de até 72 horas da desencarnação. Este intervalo é recomendado para garantir que o espírito tenha se desligado completamente do corpo, uma recomendação que visa mais o conforto espiritual dos que ficam, proporcionando um tempo para o luto e despedidas.

Emmanuel, em O Consolador, questão 151, opina:

“Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material”.

6. Cremação e reencarnação: existe algum impacto?

No contexto espírita, a cremação não interfere no processo de reencarnação. O espírito, que já existe de maneira independente do corpo físico, vai reencarnar conforme os desígnios divinos e as necessidades de seu próprio desenvolvimento espiritual e a maneira como os restos físicos são tratados após a morte não influencia nesse ciclo.

A cremação, como visto sob a luz da doutrina espírita, é uma opção válida que não interfere no bem-estar espiritual nem nas futuras reencarnações do espírito. O mais importante é respeitar as crenças e os desejos individuais em relação ao processo, procurando sempre a maneira mais respeitosa de lidar com os restos mortais.

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