A Preparação do Corpo Pós-Morte: Conheça o Trabalho de Preparação do Corpo Para o Velório

A Preparação do Corpo Pós-Morte: Conheça o Trabalho de Preparação do Corpo Para o Velório

Você já se perguntou como é o trabalho de preparação do corpo pós-morte? A preparação de corpo é um dos vários trabalhos do universo funerário. É, também, um dos mais bonitos e importantes.

É a preparação do corpo que permite que a família tenha a despedida final com o famoso velório de caixão aberto, uma tradição milenar e que segue sendo a norma em nossa cultura e sociedade.

Neste artigo de hoje do Blog do Grupo Zelo, te contamos um pouco mais sobre como é o trabalho de preparação do corpo pós-morte. Falamos dos principais processos envolvidos (tanatopraxia e maquiagem), quem é este profissional e também como este trabalha ajuda a adiar o processo natural do corpo humano morto.

Por que é preciso preparar o corpo para o velório?

Antes de falarmos de como é o preparação do corpo pós-morte, vale entender os porquês disso ser necessário.

Esta preparação é necessária, primeiramente, devido a o que acontece com o corpo após a morte

Desde a primeira hora após o óbito o corpo humano começa a passar por transformações. Essas transformações são bastante conhecidas e talvez você já tenha ouvido falar de algumas delas.

O corpo primeiro começa a descorar (ficar pálido, sem cor). Isso é chamado de pallor mortis. É o primeiro sinal de que não existe mais vida ali. Com poucos minutos após o óbito já é notável. Sabe quando estamos pálidos e alguém pergunta algo como “morto?”? Pois é.

Nas duas horas seguintes vem o livor mortis. Devido à falta de circulação, o corpo começa a apresentar manchas. Se o corpo estiver na horizontal, essas manchas se concentram na parte mais baixa do corpo. Elas são coloridas, entre o vermelho e o roxo.

Nas horas que se seguem, vem o algor mortis. O corpo ficará frio. A partir da quarta hora é possível observar o rigor mortis, o enrijecimento. O corpo ficará duro. 

Além das primeiras horas

Tudo isso que comentamos é muito ágil. São as coisas que acontecem nas primeiras 24 horas após o óbito. Em segundo plano, o corpo está passando por uma série de processos que à primeira vista são mais silenciosos. O cadáver está se decompondo. Em putrefação.

No segundo dia já não há mais nada que impeça as bactérias de se multiplicarem rapidamente. Elas estão cada vez em maior quantidade, se alimentando e expelindo gases. Isso leva o corpo a inchar, o metano e a putrescina se concentram e o cheiro pode se tornar perceptível.

A necessidade da preparação do corpo pós-morte

Bem, já deu para entender, certo? A partir do momento que não existe mais vida em nosso corpo, uma série de reações químicas começam a tomar conta do cadáver. 

Se você quiser entender mais desse processo todo, pode conferir nosso artigo “Post Mortem”: O Que Acontece com o Corpo Após a Morte”.

O ponto principal aqui é entender que se não queremos enterrar nossos mortos muito rapidamente, então é preciso encontrar maneiras de adiar estes processos.

Aqui no Brasil, temos a tradição de velar o corpo rapidamente, no dia do óbito ou dia seguinte. Porém, em outras culturas, é comum esperar uma semana ou até mais. Então, em um caso ou outro, é necessário adiar a natureza. 

Se o velório for rápido, no entanto, o processo de preparação do corpo pós-morte pode ser mais simples. Por outro lado, se houver a intenção de aguardar vários dias, será mais trabalhoso.

Além disso, há mais uma questão crucial. Lembra que falamos sobre o hábito de velarmos nossos mortos com o caixão aberto? Então, quando olhamos para alguém que amamos deitado em uma urna (o caixão), esperamos poder reconhecer aquela pessoa uma última vez. 

Esperamos, afinal, ver a imagem da pessoa que conhecemos. A preparação do corpo, além de adiar a força da natureza, retardando reações químicas, tem este papel: garantir a máxima semelhança entre o cadáver e a pessoa outrora cheia de vida.

Preparando o corpo para o velório na prática

A preparação do corpo normalmente é conduzida pelo profissional de tanatopraxia, chamado de tanatopraxista.

Dentro da profissão do preparador de cadáveres, o tanatopraxista, há duas partes: a tanatopraxia em si e a necromaquiagem.

Necromaquiagem

Primeiramente, a necromaquiagem, que você já deve imaginar do que se trata… É a parte que usa materiais de maquiagem para deixar o corpo no melhor estado possível. Vale destacar que não se trata de maquiagens “específicas” para corpos ou algo do tipo. É utilizado a maquiagem comum. 

Bases em pó, por exemplo, servem para tirar o aspecto pálido do falecido, devolvendo ao corpo sua cor em vida. No caso de pessoas que utilizavam maquiagem no dia a dia, esta etapa também pode ganhar um significado especial.

Imagine uma pessoa que sempre usava sombras coloridas nas pálpebras, por exemplo. A família pode orientar o profissional a trazer este detalhe na maquiagem. Ou, então, se a pessoa gostava mais de si mesma com a pele mais bronzeada, é possível pedir uma base mais escura para o maquiador. São vários os exemplos possíveis, mas a ideia é sempre a mesma: tratar aquele corpo com carinho e farantir que a despedida seja a melhor possível para quem fica.

Tanatopraxia

Já a tanatopraxia em si tem um papel triplo:

  • Adiar ou minimizar o efeitos das reações químicas naturais do cadáver;
  • Manter a aparência do corpo a mais natural possível;
  • Garantir a segurança e saúde de todos os presentes no velório.

O procedimento básico do tanatopraxista é a aplicação (injeção) de um composto químico com germicidas e conservantes. A quantidade varia a depender da massa do falecido e, após a aplicação, há um tipo de ‘massagem’ que ajuda a espalhar o líquido por todo o corpo.

Há também um trabalho delicado de proteger as cavidades do corpo, como as narinas e a boca, normalmente com algodão. Esta parte visa a garantir que nenhum acidente – como vazamentos – aconteça durante a cerimônia.

Este é o processo básico mais comum no Brasil já que, como comentamos, temos o hábito de enterrar velas e enterrar (ou cremar) nossos mortos em um período curto após o óbito.

Além disso, o tanatopraxista também fica responsável por outras preparações do corpo que podem ser necessárias a depender da causa da morte. Em casos de de morte violenta, por exemplo, pode ser necessários realizar costuras, enxertos ou maquiagens mais específicas.

Como é a preparação do corpo quando é preciso preservar por mais tempo?

Tente pensar no falecimento de alguma celebridade muito famosa, como a Rainha da Inglaterra ou Michael Jackson. O velório e as demais cerimônias aconteceram apenas vários dias após o óbito, você se lembra?

Pois é, nesses casos o procedimento básico de tanatopraxia que descrevemos acima não é o bastante para garantir a conservação do corpo e a segurança da cerimônia.

Então, quando há a necessidade de conservar o corpo por vários dias, faz-se um processo mais complexo, que envolve o chamado embalsamento (ou embalsamamento) do corpo. Neste processo mais complexo, realiza-se a retirada dos órgãos e também a drenagem da maior parte dos líquidos do corpo. Tudo isso é substituído por compostos químicos e fluidos embalsamadores. 

Este procedimento ajuda a retardar ainda mais todo o processo de putrefação. Assim, é possível planejar velórios maiores, aguardar parentes e amigos que vêm de longe e/ou permitir que o corpo realize um longo deslocamento.

A preparação do corpo com tanatopraxia e maquiagem é obrigatória?

Não em todos os casos. A tanatopraxia básica, que explicamos acima, é obrigatória em algumas situações específicas, como:

  • transporte terrestre do corpo acima de 250 quilômetros de distância;
  • qualquer traslado do corpo via aérea ou marítima;
  • por exigência do legista;
  • se o tempo para o sepultamento (enterro) for superior a 24 horas.

Em outros casos, mesmo que não seja obrigatória, ela pode ser, na prática, necessária para que seja possível o velório de caixão aberto. Por exemplo, em caso de morte violenta.

Como garantir que alguém terá a preparação do corpo?

Estes são serviços particulares – mesmo quando são obrigatórios. A preparação do corpo custa de 1 a 6 mil reais, a depender de localidade e do grau de complexidade do serviço.

É claro, este pode ser um valor muito alto e inacessível para muitas famílias. Ainda mais quando o óbito vem de maneira inesperado, o que muitas vezes é o caso.

Uma opção para garantir que você ou uma pessoa amada terá acesso a este serviço é a contratação de um plano funerário que tenha inclusão do serviço completo de preparação de corpo.

Aqui no Grupo Zelo, temos opções de planos funerários com serviço completo de preparação do corpo incluído a partir R$ 44,90 por mês – o valor incui o titular do plano e até 14 familiares como dependentes. Converse com um dos nossos atendentes no WhatsApp e solicite um orçamento personalizado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima