Algumas dores beiram o inexplicável. Não podemos, realmente, dimensioná-la antes de senti-lo. A dor pela perda e o luto pela morte da mãe é um desses sentimentos.
Neste artigo, falamos sobre o luto pela mãe. Não queremos – e nem poderíamos – dar respostas prontas para como viver este momento ou, tampouco, superá-lo. Porém, esperamos que neste texto você, amigo ou amiga leitor, encontre caminhos e possibilidades para se permitir viver o luto. Boa leitura.
1. Passe pelas despedidas
O primeiro passo para passar pelo luto tão bem quanto possível é a despedida. O adeus permite que a gente se permita enlutar. Então, não ignore este momento. De vivê-lo, chorar, sofrer e senti-lo como você quiser que seja.
Pense no caso de pessoas que lidam com o desaparecimento de pessoas amadas e como a impossibilidade da despedida – mesmo que exista a certeza da morte – impede que essas pessoas passem devidamente pelo luto. Não subestime o papel e importância de passar pelos rituais de despedida.
2. Viva e trabalhe o luto sem pressa
Falaremos sobre as famosas fases (ou estágios) do luto mais à frente neste texto, mas a primeira mensagem é: não tente acelerar o processo de luto pelo falecimento da mãe.
Viver à espera de que amanhã você terá superado é um caminho para frustração e decepções. Alguns dias serão melhores e parecerá que algo foi aceito. Em outros a sensação será de que esta melancolia jamais terá fim. Está tudo bem que seja assim.
Se permita viver o luto e aceitar que este processo não é nem rápido, nem simples.
3. Converse, escreva, desenhe… Coloque para fora
Existem muitas maneiras de expressarmos nossos sentimentos, o famoso “botar para fora”. Primeiramente, conversar. Falar com as pessoas que temos esta abertura, expressar os nossos sentimentos e explicar como nos sentimos por meio da fala.
Conversar com amigos, com outros familiares que compartilham da dor, com uma liderança religiosa e espiritual da sua fé ou, claro, com um profissional (e falamos sobre esta última mais adiante).
Este botar para fora, no entanto, também pode existir como uma atividade individual. Como você gosta de se expressar? Escrever pode ser um caminho. Desenhar ou pintar pode ser outro. Compor uma música, tirar fotos…
As possibilidades são infinitas e o mais importante é encontrar as suas maneiras de comunicar com o exterior o que você está sentindo, o que você sentia por sua mãe, o carinho e a tristeza, as aflições e dúvidas: tudo é válido.
4. Homenageie, complete ou dê seguimento a um projeto
Uma entre muitas formas de realizar o trabalho de luto é dando seguimento ou encerramento a projetos daquela pessoa amada que partiu.
Se sua mãe ajudava em algum tipo de trabalho social, por exemplo, dar seguimento a este trabalho pode ser uma forma de trabalhar o luto e homenageá-la. Ou, então, se ela deixou uma reforma por terminar ou algum outro projeto incompleto, também pode ser um belo tributo encerrar este capítulo.
5. Não espere que as coisas aconteçam em ordem
É muito possível que você já tenha ouvido falar ou até lido sobre as famosos fases do luto:
Conhecer, entender e ler sobre esta teoria é não apenas interessante, mas também pode ser um caminho para pensar o próprio processo de luto pelo falecimento da mãe.
Todavia, é importante entender que o processo de luto pela mãe (ou qualquer outro luto) é algo individual. Sendo extremamente pessoal e único, pode também não seguir estas fases, não seguir esta ordem.
Não viva seu luto à espera de que a negação vire raiva, a raiva vire barganha e por aí vai até o dia que você acorde e conclua que aceitou a perda. Para a grande maioria das pessoas não é tão simples assim.
Estes momentos vão e voltam. Em um dia pode parecer que aceitamos e no outro acordar tomados pela tristeza ou pela raiva. Está tudo bem. É assim mesmo.
6. Procure ajuda
Por fim, procurar ajuda profissional. A psicoterapia, quando desempenhada por um psicólogo competente, pode ser um belo passo para viver e trabalhar o luto pelo falecimento da mãe ou qualquer outro processo de luto. Procurar ajuda não é sinal de fraqueza e é preciso observar os sinais de que o luto pode se tornar algo patológico.
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