Morte Súbita: Como Proceder Nesses Casos?

A OMS define morte súbita como o óbito em até uma hora após o primeiro sintoma. Entenda a definição e como proceder.

Receber a notícia de que um ente querido faleceu não é nada fácil. Quando o indivíduo vem a óbito de forma totalmente inesperada e rápida, no entanto, a dor pode ser ainda mais excruciante. O desespero ainda maior. Essa situação é conhecida como morte súbita. Ou mal súbito. 

Esse é o tipo de situação que pode acontecer com diversos tipos de pessoas, desde as mais novas até as mais idosos. Mas de que forma a morte súbita é mais comum? Então, como agir caso aconteça com algum ente querido e como estar preparado para essa situação?

Fizemos este texto para responder estas e outras perguntas. Portanto, siga com a gente e entende as causas (principais e subjacentes), como proceder e mais informações sobre a morte súbita.

O que é a morte súbita?

Existem duas definições para morte súbita. Algumas pessoas definem como a morte que acontece rapidamente e de maneira inesperada, a partir do início dos sintomas vindos de alguma doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera um óbito como morte súbita em duas situações:

  • Quando o óbito se dá em até 1 hora após o primeiro sintoma.
  • Caso não haja testemunhas do óbito, quando a pessoa foi vista em perfeita saúde nas 24 horas anteriores a ser encontrada morta.

Dessa forma, essa definição descarta outros tipos de mortes por causas violentas como acidentes, suicídios e homicídios. Na grande maioria dos casos, então, estamos falando de um óbito que só pode ter a causa declarada após a análise do médico legista.

Quais são as medidas a serem tomadas em caso de morte em casa?

Em alguns casos, no entanto, o que seria uma morte súbita pode ser revertido com manobras de ressuscitação cardio respiratórias, caso esse procedimento seja realizado imediatamente. Estudos mostram, inclusive, que cerca de 70% dos casos possuem sucesso em caso de uso do aparelho de ressuscitação.

Esse tipo de falecimento sempre deve ser investigado de forma minuciosa, a fim de entender perfeitamente o que levou aquela pessoa ao óbito. Por este motivo, o indivíduo que sofre morte súbita deve ser submetido à autópsia.

Se uma morte súbita ocorrer em casa, siga os seguintes passos:

  • Ligue para o SAMU: Chame uma equipe de emergência imediatamente.
  • Delegacia: Vá assim que possível à delegacia mais próxima. É necessário abrir um boletim de ocorrências.
  • Autópsia: A perícia irá até a residência e fará a comunicação do óbito para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) ou para o Instituto Médico Legal (IML). Estes órgãos são responsáveis por atestar a causa da morte, que fará a remoção do corpo. Qual órgão será chamado, no entanto, depende se a morte for considerada suspeita ou não. Sendo um caso de morte natural, sem nenhuma suspeita de violência, o SVO será chamado.
  • Siga as instruções: Conforme a situação ou sob orientação da equipe de saúde, pode ser recomendado acionar a polícia.

Confira também o nosso Guia sobre como proceder em caso de óbito (e como estar preparado para uma situação como essa).

Quais as causas mais comuns de morte súbita?

Na maioria das vezes, a morte súbita tem origem no coração no qual é possível identificar problemas vasculares, o que pode ser prevenido cuidando da saúde. Além disso, problemas cerebrais e pulmonares também podem ser causadores.

Um estudo publicado pela revista Circulation e reproduzido no portal Pubmed analisou 4 anos de casos declarados como morte súbita na cidade de São Francisco, Califórnia, EUA. 

A pesquisa descobriu que:

  • A cada 10 casos de morte súbita, aproximadamente 6 tiveram causa cardíaca.
  • Em cerca de metade desses casos, o óbito foi a primeira manifestação de uma cardiopatia (doença do coração).
  • A doença arterial coronariana foi a causa subjacente mais comum (58% dos casos)
  • Doenças neurológicas se mostraram presentes em cerca de 14% dos casos, sendo AVC, epilepsia e a hemorragia cerebral as mais comuns.

Outras causas possíveis são:

  • Ingestão de veneno.
  • Choque elétrico de alta voltagem.
  • Asfixia por engasgamento.
  • Overdose.

Dados, estatísticas e pesquisas mais recentes sobre morte súbita

Estatísticas globais sobre morte súbita cardíaca

A morte súbita cardíaca é responsável por aproximadamente 15% a 20% de todas as mortes naturais nos Estados Unidos.

Cerca de 50% dos homens e 64% das mulheres que morrem subitamente não tinham sintomas prévios de doença cardíaca.

American Heart Association (AHA)

Dados de idade e gênero

A morte súbita cardíaca é mais comum em homens do que em mulheres.

A maioria das mortes súbitas cardíacas ocorre em pessoas com idade entre 35 e 45 anos.

Sudden Cardiac Arrest Foundation

Fatores de risco e prevenção

A cada minuto que uma pessoa sofre uma parada cardíaca sem receber ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ou desfibrilação, a chance de sobrevivência diminui em 7% a 10%.

Exercícios físicos regulares, uma dieta saudável, evitar o tabagismo e controlar condições como hipertensão, diabetes e colesterol podem reduzir significativamente o risco de morte súbita.

Mayo Clinic

Sobrevivência e ressuscitação:

Estudos mostram que a implementação de desfibriladores externos automáticos (DEA) em locais públicos aumentou a taxa de sobrevivência de paradas cardíacas em até 40%.

American Heart Association (AHA)

Pesquisas recentes

Uma pesquisa publicada na revista Journal of the American College of Cardiology destacou que a maioria das mortes súbitas cardíacas em jovens adultos é causada por cardiomiopatias e anomalias coronarianas congênitas.

Journal of the American College of Cardiology (JACC)

Impacto do estilo de vida

Estudos indicam que o consumo excessivo de álcool e a falta de atividade física estão fortemente associados ao aumento do risco de morte súbita.

European Society of Cardiology (ESC)

Dados brasileiros

No Brasil, estima-se que cerca de 300 mil pessoas morram subitamente a cada ano devido a problemas cardíacos.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país, representando cerca de 30% de todos os óbitos.

Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Existe prevenção contra a morte súbita?

Separamos abaixo, portanto, algumas formas de evitar doenças que contribuem para morte súbita. Confira:

Infarto Fulminante

Os infartos fulminantes são as formas mais comuns de morte súbita e acontecem mais em pessoas idosas. Os fatores de risco incluem doenças cardiovasculares como hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo.

Para evitar que a doença tome rumos mais drásticos, é fundamental:

  • Controlar ao máximo os sintomas.
  • Fazer acompanhamento médico regular.
  • Realizar exames e usar medicações conforme recomendação médica.
  • Evitar o uso de cigarros.

Arritmias Malignas

Dentre as doenças que podem causar arritmia cardíaca estão:

  • Miocardite.
  • Cardiomiopatia hipertrófica.
  • Síndrome do QT longo.
  • Síndrome de Brugada.

Em todos esses casos, o acompanhamento médico correto é a melhor forma de prevenir morte súbita por arritmia maligna.

Embolia Pulmonar

O principal fator de risco da embolia pulmonar é a presença de trombose nas veias dos membros inferiores. Fatores que contribuem para isso incluem:

  • Câncer.
  • Gravidez.
  • Insuficiência venosa grave.
  • Uso de pílula anticoncepcional.
  • Cirurgias recentes.
  • Doenças da coagulação.
  • Traumatismo dos membros inferiores.

Nesse caso, é necessário intensificar os cuidados de acordo com a doença presente.

AVC

A maioria dos casos de AVC não provoca morte súbita, mas é importante estar atento, pois a intensidade e extensão do infarto cerebral podem evoluir para óbito. A hipertensão arterial mal controlada é a condição mais comum associada ao AVC.

Epilepsia

A epilepsia é responsável por 2 a 18% das mortes em pacientes com essa condição, geralmente durante o sono. As causas não estão bem esclarecidas, mas manter o tratamento antiepiléptico e evitar o alcoolismo pode ajudar na prevenção.

É possível se preparar para uma situação como esta?

Quando falamos da morte – ainda mais daquela de quem amamos – falar em se preparar em algo muito difícil, não é mesmo? Ainda mais se preparar para uma morte súbita, que chega sem aviso. 

Como vimos, em uma grande parte dos casos de mal súbito com causa cardíaca, a morte é a primeira ocorrência. Não estamos falando de alguém que desse “sinais”, que se medicava ou sequer tinha qualquer tipo de diagnóstico de cardiopatia.

Então, um bom primeiro passo é aceitar que não existe, exatamente, como estar preparada para algo assim. No entanto, podemos tomar algumas medidas para estarmos um pouco mais preparados. 

Reflita e converse sobre morte, luto e perda

Se permitir pensar sobre a morte é um primeiro passo. Seja você uma pessoa religiosa ou não, faça o exercício de refletir sobre a nossa finitude e a morte como uma etapa natural – e, claro, inevitável – da nossa existência.

Tentar entender a morte como algo natural da vida, em que todos vamos passar. Isso pode parecer um pouco clichê, mas esta é uma etapa importante para quando o momento chegar.

Outro caminho, neste mesmo sentido, é buscar nos livros, nos filmes e em outras formas de expressão artística e intelectual caminhos para pensar sobre a morte, o luto, a saudade e os demais sentimentos que fazem parte da nossa experiência com a morte.

Prepare-se financeiramente

Outro aspecto, muito mais objetivo, diz respeito a estar preparada financeiramente para lidar com o óbito, seja aquele que vem por meio de uma morte súbita ou da forma que for.

Quanto é chegada a hora do adeus pode ser incrivelmente difícil estar preparado também com relação ao valor financeiro que precisa ser investido quando se perde alguém. Além disso, a morte envolve burocracias, e lugar com estas pode ser aflitivo quando estamos em estado de luto.

No caso de morte súbita, principalmente, essa é uma despesa que chega como uma bomba para os familiares que não esperavam ter que gastar dinheiro com essa situação, naquele momento. Ademais, pelo caráter inesperado do óbito, não é incomum que as pessoas se sintam perdidas, sem saber como arcar com os custos de funeral, urna, traslado do corpo, enterro, taxas cemiteriais e todos os demais.

Para isso, contar com um plano funerário é uma opção. Com esse serviço você só terá que se preocupar com o que realmente importa: o momento da despedida.

Um plano funerário é uma compra extremamente racional e tem o objetivo de garantir que você não passará pela situação de não ter o dinheiro para pagar pelos custos funerários de um ente querido. Tampouco, você se protege do risco de, vulnerável, gastar muito mais do que podia, aceitando urnas caríssimas e opcionais funerárias que não façam sentido para você.

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