A perda de um ente querido ou pessoas próximas é sempre algo tocante. Por isso, queremos dar todas as homenagens possíveis. Como a missa de sétimo dia, por exemplo.
Mesmo que você não seja religioso, provavelmente já deve ter participado de alguma missa de sétimo dia. Seja para confortar amigos e familiares ou para mostrar respeito pelo falecido.
Ou seja, trata-se de uma celebração muito popular, mas que nem todo mundo sabe o seu significado. Neste post, você vai conferir tudo sobre essa homenagem.
- Qual é o significado da missa de sétimo dia?
- Qual é a origem da missa de sétimo dia?
- A missa de sétimo dia surgiu no Brasil?
- Como outras religiões enxergam a missa de sétimo dia?
- Como organizar e solicitar uma missa de sétimo dia?
- Quais são as outras formas de homenagem?
- Preze pelo bem-estar de quem você ama
Qual é o significado da missa de sétimo dia?
Ao contrário do que muita gente pensa, essa celebração não é apenas uma homenagem para quem partiu.
O significado da missa de sétimo dia vai além. Afinal, é o momento em que todos se reúnem para rezar pela alma do falecido.
Essa celebração é muito importante para os católicos porque, segundo a Igreja Católica, as almas não vão direto para o céu. Mas, sim, ficam em um purgatório para a remissão dos seus pecados.
Logo, as orações feitas pelos vivos aos entes queridos que já partiram são para que suas almas possam receber o perdão divino.
O número 7 também é simbólico, pois o mundo foi criado em sete dias e, no último dia, Deus descansou após concluir a sua obra.
Desde então, o número 7 ganhou uma bênção divina, como diz Gênesis 2:1-3 na Bíblia. Veja:
Qual é a origem da missa de sétimo dia?
A origem da missa de sétimo dia remonta aos primeiros séculos do cristianismo, quando os fiéis começaram a realizar cerimônias especiais para homenagear os mortos e rezar por suas almas.
Isso porque o número sete era considerado sagrado, simbolizando perfeição e completude. Na Bíblia, o número sete aparece repetidamente, como na criação do mundo em sete dias, o que influenciou os cristãos a adotar períodos de sete dias para várias práticas religiosas, incluindo a missa de sétimo dia.
Além disso, algumas teorias indicam que essa prática começou por volta do século IV, quando a Igreja passou a formalizar os rituais e cerimônias para os mortos. A missa de sétimo dia foi estabelecida como um momento para a comunidade se reunir, oferecer orações e lembrar do falecido.
A missa de sétimo dia aparece na Bíblia?
Apesar de não existirem registros na Bíblia que falam exatamente dessa celebração, algumas passagens mencionam a guarda do luto pelo período de uma semana. E, assim, com o passar dos séculos, essa data se tornou fundamental para os rituais católicos de luto.
Outro fator que reforça a escolha do sétimo dia é a importância do número 7 dentro da Bíblia, como na criação do mundo. Além disso, o livro sagrado traz ainda mais passagens para que os fiéis possam se identificar com a simbologia:
- José ficou sete dias de luto após a morte de Jacó, seu filho;
- Após o sepultamento de Saul, primeiro rei de Israel, houve um jejum de sete dias;
- Naamã ficou curado da lepra após sete banhos no Rio Jordão, segundo o profeta Eliseu;
- Pedro, ao perguntar para Jesus quantas vezes deve-se perdoar um irmão, obteve a resposta: “setenta vezes sete”;
- Portanto, a força da Bíblia com certeza foi uma grande influência para que os católicos escolhessem o sétimo dia para homenagear os seus entes queridos.
A missa de sétimo dia surgiu no Brasil?
Uma curiosidade que muitos não sabem é que acredita-se que a missa de sétimo dia seja um ritual tipicamente brasileiro.
Durante o período colonial (1530 a 1815) o Brasil já tinha sua grande extensão territorial, porém com mais difícil locomoção. Tudo isso dificultava que se pudesse chegar a tempo de uma despedida com o corpo presente.
Afinal, o Brasil concentra um clima tropical e, por isso, o falecido não podia ficar muito tempo exposto.
A partir desta dificuldade, surgiu a ideia de celebrar a missa de sétimo dia. Pois, além de todo o significado, as pessoas conseguiriam chegar para prestar as suas homenagens. Mas, na verdade, é uma prática que acontece muito antes.
Como outras religiões enxergam a missa de sétimo dia?
A missa de sétimo dia é uma tradição católica e outras religiões lidam de maneira diferente com esse período. No espiritismo, por exemplo, os praticantes acreditam que a alma do falecido passa por um processo de adaptação no plano espiritual. As reuniões e preces são comuns, mas sem um formato específico como a missa.
Já no judaísmo, existe o “Shivá“, um período de sete dias de luto onde familiares e amigos visitam a casa do enlutado para oferecer apoio. Esse momento é marcado por orações e lembranças do falecido, semelhante ao objetivo da missa de sétimo dia, mas acaba se tornando algo muito mais pessoal.
Enquanto isso no budismo, a cerimônia de sete dias, conhecida como “Nana Nenbutsu,” é realizada para guiar a alma no caminho da reencarnação. No final, cada religião tem suas próprias práticas e rituais para lidar com a morte, mas todas têm o objetivo de honrar a memória do falecido e oferecer conforto aos vivos.
Católicos que são cremados podem ter a missa de sétimo dia?
Sim! Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a Igreja Católica não próibe a cremação. Além disso, existe uma instrução publicada pelo Vaticano que diz explicitamente que ““[A Igreja] acompanha a escolha da cremação seguindo as respectivas indicações litúrgicas e pastorais, evitando qualquer tipo de escândalo ou de indiferentismo religioso”.
Ou seja, a opção pela cremação não faz com que o fiel deixa de ter o “direito” a quaisquer cerimônias ou homenagens dentro da vida da Igreja.
Se você se interessou por esse tópico, confira nosso artigo dedicado ao tema: O Que a Bíblia Diz Sobre Cremação? Veja 12 Perguntas e Respostas
Como organizar e solicitar uma missa de sétimo dia?
Em um momento que você está lidando com o luto, organizar uma missa de sétimo dia pode parecer uma tarefa desafiadora, mas com alguns passos simples é possível prestar a homenagem ao ente querido.
1. Escolha da igreja
Primeiro, escolha a igreja onde a missa será realizada. Normalmente, os familiares escolhem a paróquia onde o falecido costumava frequentar ou uma igreja próxima à residência da família. Verifique a disponibilidade da igreja para a data desejada.
2. Contato com a secretaria paroquial
Entre em contato com a secretaria paroquial da igreja escolhida. Esse contato pode ser feito pessoalmente, por telefone ou por e-mail. Informe que deseja agendar uma missa de sétimo dia, fornecendo o nome completo do falecido e a data do falecimento.
O ideal é solicitar uma missa de sétimo dia com algum tempo de antecedência para que a igreja possa organizar melhor o cronograma da celebração.
O atendente da paróquia irá perguntar se você tem alguma intenção de colaborar com algum valor, mas saiba que não é obrigatório.
3. Definição da data e horário
A secretaria da paróquia ajudará a definir a data e o horário da missa. É importante fazer isso com antecedência para garantir que haja disponibilidade. Caso não seja possível realizar exatamente no sétimo dia, pode-se agendar uma data próxima.
Leia também: O Luto na Bíblia: Versículos de Consolação
4. Preparação da liturgia
Algumas paróquias oferecem a possibilidade de personalizar a liturgia, o que inclui a escolha de leituras, músicas e intenções especiais. Consulte a secretaria sobre essas opções e escolha aquelas que mais refletem as preferências e a vida do falecido.
5. Convide parentes e amigos próximos
Após definida a data para a celebração, faça o convite para os familiares e amigos próximos. Principalmente para aqueles que não puderam comparecer no dia do velório.
É claro, cada um tem a sua crença. Mas para além da questão religiosa, trata-se também de um momento para se despedir, unir laços e manter viva a memória do ente querido.
6. Faça uma decoração simbólica
Caso você queira decorar a igreja de alguma forma, é importante verificar essa possibilidade com a paróquia antecipadamente.
Ao decorar o lugar, você, seus familiares e amigos podem se sentir mais acolhidos e próximos do ente querido.
Uma decoração simples, mas que não deixa de ser muito bonita, é utilizar flores como lírios, rosas ou copos-de-leite. Há também quem prefira uma coroa de flores, por exemplo.
7. Agradecimentos
Após a missa, é gentil agradecer aos que compareceram. O melhor é fazer pessoalmente, por meio de mensagens ou cartões de agradecimento.
Quais são as outras formas de homenagem?
Apesar de ser muito comum no Brasil, algumas pessoas podem não se identificar com a missa de sétimo dia, mas mesmo assim queiram prestar homenagem.
Existem muitas outras formas de homenagear um ente querido que já partiu que, inclusive, podem ser feitas além da missa, caso queira. Confira outras maneiras:
- Visita ao túmulo, seja individual ou coletiva, principalmente em datas especiais, como aniversário ou falecimento;
- Reuniões familiares ou de amigos em homenagem ao falecido;
- Mensagens ou áudios compartilhados nos grupos de WhatsApp para manter viva a memória de quem já partiu;
- Confecção e distribuição de “santinhos”;
- Referências ou homenagens em outras missas ou reuniões religiosas.
Preze pelo bem-estar de quem você ama
Para garantir o bem-estar de quem você ama, além de ter todo o suporte em um funeral, é essencial contar com a assistência de um plano funerário.
Nós, do Grupo Zelo, sabemos que as homenagens são muito importantes após a perda de um amigo ou familiar. Por isso, oferecemos todo o suporte para esse momento.
Todos os trâmites relacionados ao funeral ficam por nossa conta. O que importa é que você e todos os parentes possam se despedir e prestar homenagens da melhor maneira.
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