Transformar em Diamante? A Igreja Católica Proíbe? 9 Mitos e Verdades Sobre Cremação

mitos e verdades sobre cremação

Com opções cada vez mais acessíveis, a busca pela cremação aumentou no Brasil nos últimos anos, apesar de existir um grande tabu sobre o tema. Hoje, falamos de alguns dos muitos mitos sobre cremação (e algumas verdades!).

Só para você ter uma ideia, segundo dados do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep), cerca de 8% a 9% dos corpos são cremados no país.

Isso corresponde a 19,3 milhões de pessoas que optaram pela cremação, sabendo que no Brasil existem cerca de 215 milhões de habitantes.

Apesar dos milhões de brasileiros que escolheram essa prática, ela ainda é um serviço pouco procurado quando comparado ao tipo mais comum de enterro no Brasil, o sepultamento.

Isso é reflexo de uma série de fatores. Primeiramente, temos questões culturais e de tradição, mas também os mitos criados sobre a cremação, além do mau hábito de não conversar e se preparar para a morte.

Por isso, você vai conferir neste artigo 8 mitos e verdades para desmistificar a cremação e perceber que trata-se de uma prática bastante comum e com muito significado. Boa leitura!

urna cremação antiga
Urna cinerária celta antiga em museu. Vix Krater Karsten Wentnik (CC BY-NC-SA) The Vix Burial

9 mitos e verdades sobre a cremação que você precisa conhecer

1. A cremação é um serviço muito caro e muito mais caro que enterrar

Mito.

Podemos dizer que esse é o maior dos mitos sobre cremação. Durante muitos anos, principalmente no começo do serviço, ele era, sim, mais caro do que os demais.

Entretanto, os valores iniciais da cremação e do sepultamento são bastante similares hoje em dia. Mais do que isso, ser cremado se torna um serviço mais barato a longo prazo.

Isso acontece porque os valores de manutenção do túmulo e das taxas de cemitérios, por exemplo, devem ser considerados a longo prazo para quem opta pelo sepultamento. As cinzas do falecido são depositadas em uma urna cinerária e a família não possui gastos com manutenções.

Ou seja, uma família que opta por um jazigo particular seguirá tendo gastos com a manutenção do espaço, taxas cemiteriais etc. Enquanto isso, a opção pela cremação não leva a estes gastos fixos.

2. Se o corpo for cremado, não haverá velório

Mito.

Muitas pessoas acreditam que o corpo deve ser cremado logo após a morte, impedindo a realização de um velório, o que não é verdade.

Antes do corpo do ente querido ser levado para a câmara fria e ser preparado para o processo de cremação, os familiares e amigos podem organizar um velório para o ente querido.

A opção pela cremação não impede, de forma alguma, a realização do velório. Seja este religioso ou não e seja como for a cerimônia.

Afinal, esse é um momento muito importante para que todos possam se despedir do falecido e possam prestar suas homenagens, respeitando todo o legado do falecido.

Em resumo, o velório na cremação é igual ao de uma pessoa que deseja ter o seu corpo sepultado.

3. Católicos não podem ser cremados

Mito.

Ainda existe muita desinformação quando o assunto é morte associada a alguma religião. Quando falamos de mitos e verdades sobre cremação, certamente este é um dos mais comuns.

A cremação é uma prática aceita pela Igreja Católica desde 1963. Outras religiões comuns no Brasil também aceitam a cremação, como a grande maioria das denominações protestantes e espíritas (desde que haja um tempo prolongado de espera entre o óbito e a cremação). Já o judaísmo, e islamismo, por exemplo, de fato condenam a prática.

Este tópico é bastante extenso e inclui seus mitos particulares, como, por exemplo, de que a cremação impediria a ressurreição do fiel no dia do juízo final. Esta ideia é rechaçada pela grande maioria dos estudiosos da Bíblia. Se você se interessa pela relação entre fé e cremação, você não pode deixar de conferir nosso artigo sobre este tema. É só clicar no botão abaixo.

4. É preciso que a família autorize o processo de cremação

Verdade.

Se o indivíduo tiver falecido por morte natural, é necessário que três familiares de primeiro grau (cônjuges, pai, mãe e filhos) assinem uma autorização para realizar a cremação.

Para garantir que desejo em vida do falecido seja respeitado, o mesmo pode dirigir-se a um cartório e realizar a sua declaração de vontade (clique para baixar o modelo para preenchimento). Assim, há um documento oficial que manifeste o seu desejo, evitando que familiares tenham dificuldades para realizar o serviço no futuro.

5. Quem tem marca-passo, próteses ou pinos não pode ser cremado

Mito.

Entretanto, existe uma preparação do corpo. Neste passo há remoção de marca-passo, próteses, pinos e qualquer outro tipo de dispositivo inorgânico.

Isso é necessário porque o corpo é submetido a altas temperaturas durante o processo de cremação. Isto pode fazer com que esses aparelhos causem pequenas explosões, além de contaminar as cinzas do falecido.

Portanto, a família precisa declarar a existência desses objetos e notificar o crematório responsável.

6. Dependendo da causa da morte a pessoa não pode ser cremada 

Verdade.

Mortes violentas ou que por qualquer motivo levem à abertura de uma investigação policial impedem, legalmente, a realização da cremação. 

Nos casos de morte violenta (suicídio, homicídio doloso ou culposo, desastre etc), há necessidade de apresentar uma declaração autorizada por uma autoridade judiciária para que a cremação possa ser realizada, de acordo com a Lei de Registros Públicos (Lei n. 6.015 /73).

A opção pela cremação também pode ser impedida por outros fatores legais, como uma investigação de paternidade em andamento – ou, neste caso, uma parte interessada pode exigir uma coleta de DNA antes da cremação. O próprio falecido ser parte de alguma investigação criminal anterior ao óbito também pode ser um impeditivo.

8. Os familiares assistem à cremação

Depende (mas, quase sempre, mito)

É possível que você já tenha visto em algum filme a cena em que os familiares da pessoa falecida assistem à cremação, inclusive ao momento em que a urna (caixão) adentra o forno. Na prática, isso raramente é possível.

Esta prática, por questões de segurança, não é nada comum aqui no Brasil. Além disso, não é algo culturalmente forte por aqui. Então, na prática, não é algo oferecido pelos crematórios. Lembrando que a despedida pode ser realizada normalmente no velório e antes que o corpo seja destinado ao crematório.

Todavia, mesmo que este seja o caso, vale a pena pensar bem sobre essa decisão, já que para muitas pessoas pode ser um momento excessivamente delicada e doloroso.

7. Cremação não precisa de caixão

Mito

Essa até rima, mas é só outro mito sobre cremação.

É absolutamente proibido no Brasil realizar qualquer tipo de processo de cremação humana sem urna (o popular caixão). O que acontece, apenas, é que é usada a chamada urna ecológica, própria para cremação.

Então, as cinzas são tanto da pessoa quanto do caixão??

Também não. A temperatura é alta o bastante para que todo o material da urna/caixão desapareça completamente na própria câmara de cremação.

8. É possível transformar as cinzas da cremação em um diamante

Verdade

Já ouviu essa? Pois é… É verdade mesmo.

A questão sobre o que fazer com as cinzas da cremação rende todo um outro artigo, que também já publicamos aqui no Blog, mas esta é uma das dúvidas mais comuns.

O processo de transformar as cinzas da cremação em um ‘diamante’ artificial é relativamente, já que as cinzas da cremação são, em boa parte, carbono, a matéria-prima dos diamantes. Esta é uma opção para quem quer encontrar uma forma bastante diferente de eternizar as cinzas. O processo é basicamente o mesmo para forjar diamantes a partir de cabelo ou outras matérias orgânicas.

9. Planos funerários não cobrem cremação

Mito.

Agora que você conferiu alguns mitos e verdades sobre a cremação, deve estar se perguntando sobre os valores do serviço, certo? Falaremos sobre isso agora.

Sem um plano funerário, o valor de uma cremação no Brasil fica em torno de R$ 2.500, em média, para uma cerimônia simples.

Dentre os motivos que fazem o preço variar referente à cremação, podemos citar: serviço funerário, caixão, velório, traslado do corpo e outros diferenciais que forem exigidos para a despedida do falecido.

Os custos de uma cremação variam para quem tem um plano funerário e para quem não tem, isso porque o plano cobre diversos serviços que envolvem a despedida do falecido.

Um plano funerário cobre os valores referentes a praticamente todos os serviços de um funeral, desde a preparação do corpo até a despedida.

Entre as empresas de planos e serviços funerários que já oferecem planos com opcional de cremação temos… Nós! O Grupo Zelo oferece planos funerários com cremação por apenas R$ 10,00 adicionais por mês. Lembrando que este valor vale para todos os dependentes do plano, que pode chegar até 14 pessoas (15 com o titular) desde os nossos planos mais acessíveis.

Por que escolher o plano funerário com cremação do Grupo Zelo?

O Grupo Zelo é a melhor opção do Brasil para as famílias que buscam um plano funerário com cremação.

Ao contar com a gente, você tem a possibilidade de incluir a cremação dentro do plano funerário a partir de apenas R$ 10, a depender da região em que você mora.

A família ainda conta com diferenciais exclusivos, como diversas opções de urnas, capelas para velório, veículos para cortejo e kit lanche durante a cerimônia.

O titular do plano e seus dependentes também contam com os benefícios em vida da Du, nosso programa de benefícios, que oferece diversos descontos em farmácias, clínicas médicas, restaurantes, postos de gasolina e mais.

Esperamos que você tenha gostado deste artigo com mitos e verdades sobre cremação. Para quem deseja proporcionar o melhor bem-estar e segurança para a família, com o melhor custo-benefício do país, conte com o Grupo Zelo.

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